HISTÓRICO DA CEEF – CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA FLORESTAL
A criação da CEEF – Câmara Especializada de Engenharia Florestal, foi possível no CREA-SC após muita luta pelos CONSELHEIROS REGIONAIS da ENGENHARIA FLORESTAL na década anterior ao ano de 2011, pois foi sendo consolidada através deles, a ideia e necessidade de sua instalação no CREA-SC.
A CEEF se tornou realidade após a eleição e indicação do Conselheiro da AEFsul para o CREA-SC, pois este seria o terceiro (3°) Conselheiro permanente da Engenharia Florestal, já que a ACEF e FURB os tinham, e a UNC e UNOESC não eram permanentes pois alternavam com os agrônomos.
Assim, com este terceiro Conselheiro (da AEFsul) garantiria a manutenção perene da CEEF no CREA-SC, a fim de defender os interesses da classe dos Engenheiros Florestais naquele Conselho Regional. E com essa instalação (da CEEF/CREA-SC) poder-se-ia pleitear a instalação da CCEEF – Coordenadorias das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal no CONFEA, tendo em visa que já existiam 02 (duas) CEEF´s (RS e MT) no Brasil, faltando a terceira, que é a regra para tal criação.
BREVE RELATO DE COMO FOI A CRIAÇÃO DA CEEF – CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA FLORESTAL
Após o convencimento da PLENÁRIA do CREA-SC durante os anos de 2009, e, notadamente de 2010, com grandes embates promovidos nas discussões das reuniões no CREA-SC, realizados pelos então, Conselheiros: Eng. Florestal Andre Leandro Richter (pela ACEF) e Eng. Florestal Erwin Hugo Ressel Filho (pela FURB) com apoio dos demais Conselheiros: Eng. Ftal. Dagoberto Stein Quadros, Eng. Ftal. Marcos Santos Weiss, Eng. Ftal. Saulo Jorge Téo, Eng. Ftal. Reginaldo “Bikudo” Rocha Filho; além dos demais colegas, sempre presentes: Eng. Ftal. Renato Moreira de Faria (Vice-Presidente AEFsul), Eng. Ftal. Alcir Testoni (Secretário ACEF) e Eng. Ftal. Maria Rosa Cé (1° Secretária da AEFsul), além de dezenas de outros colegas que sempre se faziam presentes as reuniões mensais, e mesmo vindo de longe para prestigiar e fazer coro em prol da criação da CEEF, como: Eng. Ftal. Joselito Lovatto, Dorvalino Casagrande e Roberto Carlos Bearzi, entre outros, não menos importantes, mas fundamentais para essa conquista.
Na data de 11 de fev. de 2011 (11022011 – palíndromo inesquecível) foi criada a CEEF – CAMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA FLORESTAL NO CREA-SC, onde com 85% dos votos dos Conselheiros (50 votos favoráveis, 09 contrários, e 08 abstenções) os engenheiros florestais tiveram a coroação de um trabalho de mais de 30 anos de lutas onde vários heróis florestais que iniciaram a busca por essa vitória, foram finalmente coroados com brilhante feito.
A emoção deste dia fora forte, e levou vários colegas as lágrimas (de alegria). Dia memorável e histórico.
FOTO HISTÓRICA – DO DIA DA VOTAÇÃO DA CRIAÇÃO DA CEEF – Em pé da esquerda para direita, Conselheiros: Eng. Ftal. Dagoberto Stein Quadros, Eng. Ftal. Marcos Santos Weiss, Eng. Civil Fábio Ritzmann (nosso relator), Eng. Ftal. André Leandro Richter, Eng. Ftal. Saulo Jorge Téo, Eng. Ftal. Erwin H.Ressel Filho e Eng. Ftal. Renato de Faria (1° Vice-Presidente AEFsul). Agachados: Eng. Ftal. Alcir Testoni (Secretário ACEF) e Conselheiro Eng. Ftal. Reginaldo “Bikudo” Rocha Filho; e não aparecem na foto, mas estiveram presentes: Eng. Ftal. Edilberto Stein de Quadros (fotógrafo), Eng. Ftal. Maria Rosa Cé (1° Secretária da AEFsul), Eng. Ftal. Lucian Ritzmann (Conselheiro Fiscal da AEFsul), Eng. Ftal. Dagoberto Silva.
A CEEF – CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA FLORESTAL
O ato de criação e instalação desta Câmara (CEEF) constitui-se numa medida das mais acertadas, especialmente porque é fato notório a dimensão e a expressão do potencial florestal do nosso estado de Santa Catarina (inclusive como um dos motores principais de nossa economia).
A inserção da Câmara Especializada de Engenharia Florestal na estrutura político-administrativa dos recursos florestais do estado deve contribuir significativamente para o controle e fiscalização dos serviços a serem prestados por engenheiros florestais e demais profissionais habilitados conforme a Resolução 218/73 do CONFEA no desempenho de atividades previstas no art. 10º pertinentes à Modalidade da Engenharia Florestal pertencente ao grupo das Engenharias por força da Lei 4.643/65 e Decreto-Lei 8.620/46.
A Câmara Especializada de Engenharia Florestal ajudará a dinamizar as ações do Setor Florestal, pois será mais um instrumento de defesa da qualidade técnica dos projetos a serem implantados na região, através de metas claras de fiscalização, além de servir como meio para traçar diretrizes e sugerir o estabelecimento de novos parâmetros técnicos que visem melhorar a condução de atividades de projetos florestais, tecnológicas, ambientais e sociais próprios da Engenharia Florestal com a identificação de problemas e as soluções que atendam aos preceitos do rendimento sustentado, não apenas do ponto de vista econômico, mas em termos de sustentabilidade ambiental e, com abrangência social capaz de permitir a oferta de novos postos de trabalho, com a geração de riquezas, justiça social e legal.
O objetivo de mostrar a importância da criação de Câmara Especializada de Engenharia Florestal, junto ao nosso CREA/SC vai muito além daquilo que lei fria prevê, pois com a criação da CEEF nós engenheiros e arquitetos ganhamos politicamente, igualmente, é mais um mecanismo de proteção à sociedade, contra o exercício ilegal da profissão da modalidade do engenheiro florestal. Somente com a criação da CEEF assim, a engenharia florestal catarinense estará tendo a sua verdadeira atuação em defesa dos interesses dos engenheiros florestais, uma categoria que muito têm feito, em defesa das florestas e do meio ambiente.
E, porque Santa Catarina precisa ter a CEEF?
O Estado de Santa Catarina, que no passado teve sua principal economia pautada nas atividades florestais, com fortes influências sociais (vide as causas e consequências do “Contestado”) e hoje contribui na balança econômica como 3ª na ordem de importância, através dos setores de base florestal: madeireiro, moveleiro, moldureiro, papel e celulose e meio ambiente, o que confere grande relevância ao exercício profissional da Engenharia Florestal e todos os profissionais com habilitação legal neste ramo, e sempre foi prejudicado pela falta de participação efetiva de profissionais legalmente habilitados no seu desenvolvimento. Santa Catarina possui a melhor relação entre economia de base florestal/habitante/área/ambiência do Brasil e mesmo assim continuamente está na eminência de ser prejudicado com medidas políticas restritivas, de ordem interna e externa.
Somente uma fiscalização mais apurada, própria de iniciativa da Câmara Especializada (principal razão de ser de uma câmara especializada) garantirá uma evolução da presença profissional adequadamente habilitada nas atividades de base florestal e ambiental em nosso Estado, fazendo-se o CREA presente perante suas obrigações de defesa da sociedade, do meio ambiente e das florestas, somente para se ter uma ideia de como estamos ausentes notícia veiculada no Diário Catarinense (Geral, pág. 44 de 18/03/2010), relatou que : “Dados referentes aos corte de vegetação no Estado(SC) a Polícia Ambiental recebeu 13.815 denúncias de crimes ambientais em 2009, sendo: Florestas: 5.727; Animais: 2.916; Pesca:2.958; Poluição:1763; Mineração:451”. Dados estes que confirmam o que a necessidade da instalação da CEEF, pois falta fiscalização, o pessoal continua consumindo madeira nativa de forma desordenada sem um adequado manejo florestal! E sem uma política séria e metas condizentes com a realidade não mudaremos esse quadro para uma realidade sustentável, e isso começa, sem dúvida, com os engenheiros florestais inseridos no sistema.